O Brasil recebeu no fim da última quinta-feira (15), no Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), um lote de 2,3 milhões de kits para intubação de pacientes com covid-19. Com a alta nas internações devido ao avanço da pandemia do novo coronavírus em todas as regiões, diversos estados registraram falta ou ameaça de desabastecimento desses medicamentos.
De acordo com a Agência Brasil, os medicamentos foram fabricados em Lianyungang, na China. Os kits, que serão doados para o Ministério da Saúde, são compostos de sedativos, neurobloqueadores musculares e analgésicos opioides – insumos básicos para realizar a intubação.
Os medicamentos foram trazidos ao país e foram comprados por um grupo de empresas privadas. O Ministério da Saúde afirmou nesta quinta-feira (15) que fará a distribuição em até 48h de medicamentos doados por empresas privadas. O volume deve garantir o abastecimento por 10 a 15 dias, segundo a pasta.
Ainda conforme a agência, os 2,3 milhões de kits são um primeiro lote de um total de 3,4 milhões que devem chegar ao Brasil até o final do mês, numa tentativa de amenizar o risco de colapso relativo ao kit entubação.
Ministro da Saúde promete mais kits, mas não dá prazo
Segundo o ministro Marcelo Queiroga, em coletiva nesta quinta, além do volume doado por empresas, a pasta deve receber, “em curto prazo”, medicamentos de outros países, como a Espanha, em apoio para o que chamou de “situação de emergência”. A pasta também finaliza uma compra junto à Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).
O ministro não detalhou o volume previsto para a oferta e também não estipulou o prazo de entrega. Em nota, o Itamaraty aponta que a previsão é de entrega no final da próxima semana, mas também não informa a quantidade estimada.
Após ser questionado sobre a responsabilidade do governo federal na crise, Queiroga “dividiu” a culpa com gestores locais.
“Os estados também tem que procurar esses medicamentos. Não é só empurrar isso para as costas do ministério, vamos deixar isso bem claro. Se instituições privadas buscam importações e trazem, por que grandes estados não fazem isso?”
Sem citar São Paulo, um dos estados mais críticos ao governo Bolsonaro na condução da pandemia, o. ministro falou em “obrigação compartilhada”.
“Temos um país que tem estados cuja sua economia é maior que muitos países, e tem elemento de captação desses medicamentos do exterior igual a de muitos países, de modo que essa obrigação deve ser compartilhada”, ponderou.
Com Yahoo