A Prefeitura Municipal de Cabedelo, por intermédio da Secretaria de Cultura (Secult) promoveu, nessa segunda-feira (31), no Centro Cultural Mestre Benedito, a solenidade híbrida de encerramento das primeiras oficinas dos cursos de formação cultural, montadas sob a orientação da Lei Aldir Blanc (Lei federal n° 14.017/2020) no município.
A solenidade simbólica marcou a entrega de 25 certificados dos participantes que se inscreveram e cumpriram todas as etapas dos cursos, que aconteceu durante o mês de maio, com cargas horárias de 20 a 30 horas/aula, nas categorias de Macramê, Ponto cruz e Crochê.
“Temos muita gratidão em estar aqui finalizando a primeira etapa dos cursos de formação cultural da Lei Aldir Blanc e aproveitamos para agradecer a todas as equipes envolvidas neste processo. Ficamos muito felizes, por entender que as pessoas estão se apropriando deste Centro Cultural, que é justamente feito para o povo. A grande proposta é essa transmissão de conhecimento popular, para que essas ideias sejam absorvidas e sejam difundidas em outros espaços “, destacou o secretário de Cultura, Igobergh Bernardo.
Além desses cursos, a Secult está em andamento com a oferta de formação cultural em Laços de Fitas, Teatro Infantil e Teatro Adulto. As inscrições ainda estão abertas para os cursos de Molde Facial, Escama de Peixe e Maquiagem Artística. Além deles, também está programada para o fim deste mês de junho a entrega dos certificados da oficina de Pintura Realista. Mais informações sobre os cursos podem ser obtidas pelo telefone (83) 3250-3322.
A realização das oficinas seguiu todos os protocolos determinados pelas autoridades de saúde e segurança. As aulas foram ministradas por artesãs cabedelenses e que tinham outro ponto em comum: a participação em outros programas municipais deste segmento, a exemplo do Projeto Ondinas.
As da técnica Macramê foram ministradas pela artesã Maria da Graças Santos que, apesar de ter 15 anos de experiência, pela primeira vez, ficou responsável por uma turma de alunas. “O macramê é uma arte muito antiga, um trabalho todo manual que é feito com nós e que hoje está em alta. Pode ser utilizado em decorações, vestuário, bijouterias e em diversas coisas. Fiquei muito feliz e só tenho a agradecer por essa oportunidade que a Prefeitura me deu de mostrar meu trabalho e repassar meus conhecimentos”.
Já as aulas de Ponto Cruz ficaram sob a responsabilidade da artesã Edilma Fernandes, que possui 20 anos de técnica. “O ponto cruz não é muito conhecido e através dele podemos criar muitos produtos. A gente só tem que agradecer, de verdade. Poder ter alunas que mal sabiam colocar linha na agulha e que sairam daqui confeccionando muita coisa. Espero poder dar continuidade futuramente”.
Por fim, as oficinas de crochê tiveram como monitora a artesã Marta Alcântara, que também possui mais de mais de 20 anos na arte. “Nossa oficina foi de crochê criativo, então focamos em algo que pudesse ser aproveitado em plena pandemia, por isso confeccionamos várias máscaras”, disse.
Alunas dedicadas e inspiradas, estreantes ou veteranas, cada uma com suas histórias, encarando as oficinas com seus desafios pessoais. Assim foi com a técnica de enfermagem desempregada Antônia de Oliveira, moradora do bairro de Camalaú. Ela produz crochê desde a infância mas entendeu que precisa redirecionar seus produtos.
“Aqui foi muito bom porque tomaram todos os cuidados e eu me senti numa terapia. Eu já sei fazer uma grande variedade de peças com o crochê, mas eu gosto mesmo de desafios e de aprender mais. Nunca tinha participado de nenhum curso, mas este eu fiz e amei”.
A estudante de design gráfico Gabrielly Lisboa teve contato com o crochê pela primeira vez e falou sobre a experiência. “Eu vi a publicação e me interessei. Fui muito bem recebida pela professora e pelas alunas e apesar de ser difícil consegui fazer uma bolsa. Estou muito feliz porque gostei de aprender e vou continuar pesquisando. Tenho uma boa perspectiva, porque acho que tudo que estimula a criatividade é muito válido e possa ser que eu até aproveite na minha área”.