Refletir a possibilidade de Campina Grande disputar uma vaga na Rede Mundial de Cidades Criativas da UNESCO e a oportunidade de criação de uma política pública para a Economia Criativa. Com esse objetivo, foi realizada uma palestra, na manhã desta terça-feira, 23, na Fundação Parque Tecnológico, para marcar a etapa inicial da candidatura de Campina Grande ao selo.
A ideia é que, por meio da união da Prefeitura Municipal com entidades classistas e universidades públicas e privadas, Campina Grande seja reconhecida, mundialmente, como uma Cidade Inteligente, em Artes Midiáticas.
A apresentação da primeira etapa da candidatura de Campina Grande ao selo da UNESCO foi realizada pelo mestre em desenvolvimento urbano, Eduardo Barroso Neto, responsável pelas candidaturas exitosas das cidades de Florianópolis, em 2014 (Gastronomia); João Pessoa, em 2017 (Artesanato); e Fortaleza, em 2019 (Design). Barroso avaliou a possibilidade de Campina Grande conquistar o selo de cidade inteligente e explanou os pontos favoráveis que poderão facilitar a escolha.
“Uma cidade inteligente é aquela que utiliza de meios sustentáveis, tecnologia da informação e comunicação para melhorar a qualidade de vida das pessoas, a eficiência das operações e serviços urbanos, enquanto garante o atendimento das necessidades das gerações atuais e futuras, com relação aos aspectos econômicos, sociais e ambientais”, pontuou.
Presente ao encontro, o vice-prefeito Lucas Ribeiro destacou que, a partir da candidatura efetivada, Campina Grande passa a concorrer com cidades do mundo inteiro o que dá à Rainha da Borborema, o reconhecimento internacional em mais uma área, as Artes Midiáticas.
“Este será o nosso maior legado, entender a vocação do município e contar com o que há de melhor em produção midiática, incluindo a conectividade digital. É uma prova, também, de que o setor é uma alternativa viável e importante na geração de trabalho e renda para o nosso povo, principalmente agora, que o mundo inteiro vivencia a necessidade de se reinventar”, destacou o vice-prefeito.
Reinventar para se transformar
As cidades escolhidas são destaque no que tange ao seu histórico de atuação nas sete categorias, consideradas pela UNESCO como impulsionadoras da economia, como o artesanato e artes folclóricas, artes midiáticas, design, cinema, gastronomia, literatura e música.
A secretária de Desenvolvimento Econômico, Rosália Lucas, explicou que a candidatura de Campina Grande atende ao pleito do prefeito Bruno Cunha Lima que, entendendo que 2020 é o ano da criatividade, segundo a ONU, defendeu a candidatura de Campina Grande para posterior reconhecimento internacional.
Ainda de acordo com Rosália, a categoria escolhida se deu pela vocação de Campina Grande nas artes midiáticas, com o viés cultural que a cidade dispõe e a existência de diversos cursos superiores na área, seja em universidades públicas ou privadas.
“Por meio da parceria entre Prefeitura Municipal, SEBRAE e Fundação Parque Tecnológico, contratamos o consultor Eduardo Barroso para iniciar esta campanha, que deverá colocar Campina Grande no grupo das dez cidades brasileiras que têm o selo de inovação. Estamos iniciando este trabalho para construir um grande legado para a nossa cidade”, completou a secretária.
2ª Etapa do projeto
Na segunda etapa do projeto, será realizada a Oficina Criativa de Design Territorial, no SEBRAELAB. O encontro irá reunir técnicos ou especialistas, indicados pelas instituições convidadas, dentre elas o PAQTcPB, UFCG, SENAI, SEBRAE, FIEP, PMCG e entidades classistas. O objetivo é identificar a vocação da cidade e seus atributos de diferenciação qualitativa; as potencialidades (infraestrutura existente, novas oportunidades, mudanças de paradigma); o foco em uma visão de futuro; e propor a Carta da Cidade Criativa.
Criatividade em destaque
O selo Cidades Criativas da UNESCO, é um projeto criado em 2004, com o intuito de promover a integração e cooperação de cidades que valorizam e reconhecem a criatividade como elemento impulsionador para seu desenvolvimento.
Ganhos para Campina Grande
Aproximação com cidades da Rede Mundial de Cidades Criativas da UNESCO, possibilitando o acesso privilegiado a projetos de vanguarda relacionados com as melhores práticas urbanas, viabilizando o intercâmbio de indivíduos criativos e de ideias, colocando Campina Grande em um cluster mundial de inovação.
Participaram da primeira etapa do projeto, a secretária de Cultura, Gisele Sampaio; a secretária de Ciência e Tecnologia, Larissa Almeida; e representantes da UNIFACISA, SENAI Paraíba, SEBRAE, Fundação Parque Tecnológico, Associação Comercial, CDL, UEPB e UFCG.
